quinta-feira, 28 de abril de 2011

Inverno da Alma.

 

Inverno da Alma  
(ou Soneto em branco e preto e dó menor).

De tudo o quanto houvera, restou pó.
Da centelha de vida ao esplendor... gelo.
Da sanidade ao desvario vermelho-em-cor... ei-lo.
Reduzi(n)do em cinzas, tudo em nada, quedou só.

Vêm a solidão e vazio plácidos.
As águas de março há muito fecharam o verão.
As luzes se apagaram, o espetáculo fora em vão?
Restaram os cacos de um silêncio, azul (sim, blue) cálido.

Uma centelha de compreensão.
Versos frios, tímidos, pálidos.
Chegara o inverno d’alma, em gelo-cacos,
Gotas-sangue, chumbo e pó.

Inverno da Alma.

Carolina Grant
21 de março de 2011.
Sugestão de música (cuidado com as imagens fortes):
Requiem for a dream - Theme

Um comentário: