Além mar...
Certa noite, chuvosa, mas plácida, de março...
Carolina comenta com seu amigo:
Amigos, vêm e vão como ondas...
Poucos ficam para além de espumas...
Meu mar é forte, bravio,
Espumas muitas contra o Forte,
Mas poucas são as estrelas e conchas que ficam... com brio.
Amigos, vêm e vão como ondas...
Poucos ficam para além de espumas...
Meu mar é forte, bravio,
Espumas muitas contra o Forte,
Mas poucas são as estrelas e conchas que ficam... com brio.
Meu olhar segue para o norte...
E se perde na imensidão... de amizades de além mar...
E Antonio, seu filho-amigo, explana:
Algumas ostras, quando se abrem,
Você percebe que vieram sem pérola...
E durante todo o tempo... vazio.
E você acreditava que ela era um ser especial...
Então, elas se assustam e retornam ao mar,
Para ir a outras praias...
D'onde possam viver sem brilhar...
Um vazio preso, novamente.
E eis que chega março...
A chuva... tempestiva.
As ondas... fechando o verão.
Quantas estrelas despudoradas
Se agarram aos bancos de areia?
Por mais que a praia inunde,
Por lá, elas sempre estão...
Poucas são as estrelas que compreendem
Que o céu pode ser mais belo
Quando se é única...
Ser estrela do mar
Não é ser só do imenso...
É residir num espaço pequeno...
D'onde a luz é complemento.
Doce mar distante!
Costumam chamar de "a"
Sentimentos não precisam de complementos...
E ainda sim
Suspira-se o amar
Em toda a exuberância da sua existência...
Poucas são as estrelas que compreendem
Que o céu pode ser mais belo
Quando se é única...
Ser estrela do mar
Não é ser só do imenso...
É residir num espaço pequeno...
D'onde a luz é complemento.
Doce mar distante!
Costumam chamar de "a"
Sentimentos não precisam de complementos...
E ainda sim
Suspira-se o amar
Em toda a exuberância da sua existência...
Carolina Grant e Antonio Almeida
(Série - Duetos)
27 de março de 2011.
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