Inverno da Alma
(ou Soneto em branco e preto e dó menor).
De tudo o quanto houvera, restou pó.
Da centelha de vida ao esplendor... gelo.
Da sanidade ao desvario vermelho-em-cor... ei-lo.
Reduzi(n)do em cinzas, tudo em nada, quedou só.
Vêm a solidão e vazio plácidos.
As águas de março há muito fecharam o verão.
As luzes se apagaram, o espetáculo fora em vão?
Restaram os cacos de um silêncio, azul (sim, blue) cálido.
Uma centelha de compreensão.
Versos frios, tímidos, pálidos.
Chegara o inverno d’alma, em gelo-cacos,
Gotas-sangue, chumbo e pó.
Inverno da Alma.
Carolina Grant
21 de março de 2011.
Sugestão de música (cuidado com as imagens fortes):
Requiem for a dream - Theme
Deus...arrepiei !
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