Gira, gira, a roda da vida...
Gira e segue girando,
borrando o passado,
reinventando futuros... (possíveis)
Expulsando os incautos
e os moribundos (cansados da vida).
Gira, gira, a roda da vida...
Gira e segue mudando (todos os destinos).
Trocando as saídas,
acelerando.
Revela-nos (antes, por favor) quem somos,
diz-nos... quem realmente fomos.
Gira, gira, a roda da vida...
Gira e segue girando... misteriosa, profunda.
Só não nos deixe cair,
Apenas respirar fundo...
e voltar para os trilhos,
caminhando...
devagar...
cambaleante...
e então... Firme.
Gira, gira, a roda da vida...
Diz-nos os nossos limites.
Fecha as portas passadas.
Sopra-nos os descaminhos
e leva-nos de volta à boa estrada.
Para, apesar dos novos tropeços (e acertos),
seguirmos sempre, sempre, girando (em frente).
Só não nos deixe ficar para trás,
Até o giro final.
No tempo certo,
Na hora certa,
No giro certo.
Gira, gira, a roda da vida...
Gira e segue girando,
Porque os borrões fazem parte de nós
E são eles que fazem as visões do futuro
Ganharem algum contorno (definível)...
Nas necessárias paradas
De cada volta,
De cada giro,
No tempo certo,
Na hora certa,
No giro certo.
Mas, agora, segue.
Segue...
...
.
(Onde e quando irá parar novamente?
Só o tempo, o seu condutor, saberá...
Porque agora, a hora é de girar.
Então... Gira! Segue!).
03 de janeiro de 2015
Carolina Grant
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