A maior de todas as roller coasters
E então fez-se o silêncio.
A casa respirava tranquila, mas pesava.
Havia o peso infinito das lembranças.
E, de trás das cortinas, furtivo, escapou um riso alegre... leve.
Um riso que roubou uma lágrima, que roubou um sorriso, que roubou um amor,
Que se espalhou por todos os cantos, misturou-se a todos os cheiros e se foi dissipando, efêmero.
Porque todas as paixões são efêmeras e cheiram a suor e perfume.
Porque todas as paixões são efêmeras e deixam um gosto agridoce na boca.
Porque todas as paixões são efêmeras e deixam uma saudade-vontade (nos olhos, nos lábios, nos (a)braços, no corpo, na alma).
São efêmeras e deixam.
Escapam.
E tudo o que se quer é um novo bilhete
Para a maior de todas as roller coasters...
[Post-Scriptum:
E tudo isso é porque (no fundo)
há sempre uma esperança
de que desta vez seja
a "viagem" definitiva
e o trem descarrilhe
e siga outros (infinitos) rumos...].
03 de agosto de 2013
Carolina Grant
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