Ode a Morpheus. Son(h)o eterno.
Perco-me do dia
Para encontrar-me com a noite... e a sua imensidão.
E para encontrar-me com os mais belos sonhos... a mais doce ilusão,
Perco-me da razão crua e fria...
E se me perco das mais tradicionais convenções
Será para encontra-me, de fato, com a minha mais pura essência
Ou será para perder-me ainda mais em mim, sem clemência
Que vago a esmo, abismo e(in)terno, sob vozes, soturnas canções?
Seria a liberdade uma adorável prenda?
Ou a porta para a loucura, a mais primitiva a que chegaste?
O desvario mais fascinante a que almejaste?
Ou seria apenas mais uma plausível oferenda (do Destino)?
Já não saberia dizê-lo, senão que sim... perco-me do dia... (a cada dia mais)
Das horas, do espaço, das regras... faço palavras ao vento.
Vem, pois, Morpheus, em seu corcel negro... meu cálido alento....
E leva-me, pois perder-me, é fato, há muito eu já iria.
Carolina Grant
(10 de janeiro de 2012).
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