A Rosa e o Príncipe.
Há alguns anos... (vinte e três)
Uma flor nasceu.
Rompeu o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio...
E tornou o mundo mais humano.
Diziam que era feia, mas era uma flor.
Era feia porque era imperfeita,
Era uma flor humana!
E, em sua imperfeição,
Era linda...
Veio tingir de cores intensas o cinza-concreto cotidiano.
Tornou-se querida, amada e odiada,
Porque despertava paixões.
Transmudava-se, em segundos, do vermelho-sangue ao branco-lírio-calmo-compreensivo.
Não importava a cor que assumisse...
Era a minha Rosa... em redoma...
E eu não me importava em ser o seu Pequeno Príncipe,
Porque embora nos distanciássemos para outros mundos,
Volta e meia, era fato,
A saudade se impunha, porque ela era a minha flor e eu era o seu príncipe.
Nossa história transcendia os clássicos (perdão, Drummond),
Posto que inclassificável.
Há alguns anos, nasceu uma flor
Parem o trânsito das 17h no centro da cidade!
Garanto que uma flor nasceu!
E fez morada em meu coração...
E um dia...
Rosa-sangue,
Redoma em cacos,
Versos fortes.
Nasceu e morreu e ressuscitou!
A rosa-flor-humana-imortal.
Imortalizada pelo amor
De toda a humanidade
Por essa rosa-humana-flor.
Tão perfeita em sua imperfeição.
Há alguns anos,
Nasceu uma flor.
Rompeu o tédio, o nojo e o ódio.
E ensinou ao homem o que ele era.
Para a minha querida prima-amiga,
Máira Fortes, em seu aniversário.
28 de abril de 2011.
Carolina Grant